Casa Lleó i Morera - Domènech i Montaner

A Casa Lleó i Morera (1905), localizada no famoso bloco de discórdia, assim chamada devido à controvérsia que surgiu quando cinco edifícios de estilos muito diferentes foram construídos em 10 anos, é considerada uma das melhores obras modernistas. No primeiro andar do edifício pode admirar alguns dos mais belos vitrais da modernidade catalã.

Embora o interior do edifício não possa ser visitado neste momento, a decoração dos espaços interiores é um dos seus maiores trunfos. Não foi em vão que mais de 40 artistas trabalharam na sua concepção sob a direcção de Lluís Domènech i Montaner. O jornalista e ensaísta Lluís Permanyer chamou à Casa Lleó i Morera uma magnífica obra modernista e comparou-a com o Palau de la Música Catalana.

Ninho de metralhadora

O pavilhão que coroa o edifício foi utilizado como um ninho de metralhadoras durante a Guerra Civil Espanhola. Teve de ser reconstruída devido às balas que recebeu.

Uma anedota: Noucentistes versus Modernistas e Salvador Dalí

A Casa Lleó i Morera foi vítima do ódio que os Noucentistes tinham pela Modernisme. Este ódio tornou-se claro em 1943 como resultado de um projecto de renovação do primeiro andar. Os arquitectos responsáveis decidiram que o edifício deveria ter menos elementos modernistas e removeram as janelas modernistas e as esculturas por Arnau das senhoras modernistas com jardineiras no rés-do-chão. As cabeças das esculturas foram recuperadas pelo zelador da propriedade, que acabou por vendê-las a Salvador Dalí. O génio do Empordà colocou-os na parede do pátio do seu Teatro-Museu em Figueres.